sábado, 12 de maio de 2012

Fontes Teóricas


Bronislaw Malinowski:

“[...] Malinowski proclamava-se criador de uma disciplina acadêmica inteiramente nova. Toda uma geração de seus adeptos se criou na convicção de que a Antropologia Social tinha começado em 1914, nas Ilhas Trobriand”. (pág. 11)

“[...] Os funcionalistas apossaram-se da ‘sociologia’ mas abandonaram a ‘referência especial à história primitiva de...’ que fora a marca registrada dos evolucionistas. Eles também rejeitaram não só o difusionismo mas toda a iniciativa de natureza etnológica [...].” (pág. 14)

“[...] A característica fundamental da Antropologia britânica nas primeiras duas décadas do século foi uma atitude cautelosa e cética perante qualquer formulação teórica bombástica, fosse ela evolucionista ou difusionista.” (pág. 15)

 “Houve também a contra-influência de Durkheim e da sua Escola de Paris, a qual atraíra as atenções de Radclife-Brown e de Marett antes da I Guerra Mundial e que continuou a influenciar os ‘antropólogos sociais’ britânicos. As teorias de Durkheim foram particularmente influentes no estudo da religião, na medida em que divergiam tanto dos interesses difusionistas [...]. (pág. 15)

“[...] Malinowski proferiu conferências sobre ‘Religião primitiva e diferenciação social”, as quais, tal como as suas monografias polonesas, refletiam uma orientação durkheimiana e, em particular, um interesses todos especial pelo trabalho de Durkheim sobre totemismo australiano.” (pág. 23)

“O pesquisador de campo deve também observar as realidades da ação social, aquilo a que Malinowski chamou os imponderáveis da vida cotidiana, registrando minuciosamente as suas observações num diário etnográfico especial.” (pag. 27)

“São três os temas centrais em todas as suas monografias. Em primeiro lugar, os aspectos da cultura não podem ser estudados isoladamente; devem ser entendidos no contexto de seu uso. Em segundo lugar, nunca podemos confiar nas regras ou na descrição de um informante a respeito da realidade social; as pessoas dizem sempre uma coisa e fazem outra.” (pag. 37)

“Malinowski trouxe um novo realismo para a Antropologia Social, com sua percepção aguda dos interesses reais subentendidos no costume e suas técnicas radicalmente novas de observação. Radcliffe-Brown, por sua vez, introduziu a disciplina teórica da Sociologia francesa e veio em ajuda dos novos pesquisadores de campo com uma bateria mais rigorosa de conceitos. Ele também estabeleceu vários centros novos para a ciência. Três anos mais velho do que Malinowski, sobreviveu-lhe onze anos e dele tomou a liderança da Antropologia Social britânica no final da década de 1930.” (pág.51)

Radcliffe Brown

 “[...]método analítico; no que dizia respeito à pesquisa de campo, contetou-se em descrever o trabalho como um estudo de aprendizado, e apoiou-se maciçamente nos relatos etnográficos de um antigo residente das ilhas[...].” (pág. 58)

“Mais tarde, foi convertido ao ponto de vista durkheimiano de que o significado e a finalidade dos costumes devem ser entendidos em seu contexto contemporâneo [...].” (pág. 58)

“A forma estrutural está explicita em “usos sociais”, ou normas sociais, os quais se reconhece geralmente como obrigatórios e são largamente observados. Portanto, esses usos sociais tem as características dos “fatos sociais” de Durkheim, mas Radclife-Brown insistiu, uma vez mais, em que eles não eram deduzidos mas observados. Um uso ou norma social “não é estabelecido pelo antropólogo ... é caracterizado pelo que as pessoas dizem sobre as regras numa dada sociedade e pelo que fazem a respeito delas.” Pg. 69

“A característica predominante da obra madura de Radcliffe-Brown é a sua obstinação. Expôs e definiu vezes sem conta a sua visão da Sociologia como uma espécie de ciência natural e, por conseguinte, contrária às reconstruções conjeturais. Volvia constantemente aos mesmos problemas: totemismo e culto dos ancestrais; terminologias de parentesco, relações avunculares e relações de brincadeira; e as leis.” (pág. 82)


e com informações mais completas segue em anexo um fichamento com mais informações sobre as fontes teóricas de Malinowski e Radcliffe Brown

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